Em um dia marcado por três atrações gratuitas e com forte apelo popular, duas delas realizadas em caráter simultâneo, o 35° Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, acontece em diferentes espaços, passando pelo Cine-Theatro Central, pelo Parque Municipal e pelo Shopping Jardim Norte, com o intuito de diversificar o público e formar diferentes plateias. A movimentação acontece com o espetáculo “Construção”, do Coral da UFJF; o quarteto Gruvô com um programa de canções nacionais; e a Orquestra Sinfônica Pró-Música revisitando um de seus trabalhos com maior respaldo do público.
O quarteto Gruvô se apresenta às 15 horas, no Parque Municipal, com releituras de composições clássicas e contemporâneas da Música Popular Brasileira, ao mesmo tempo em que a Orquestra Sinfônica Pró-Música realiza seu concerto no Shopping Jardim Norte, levando magia aos espectadores por meio das canções que marcaram os melhores momentos do cinema nacional e internacional, com músicas também de séries televisivas. Encerrando o dia, o Coral da UFJF retorna ao palco do Cine-Theatro Central, às 20 horas, com seu mais novo espetáculo, um tributo apaixonado a um dos mais importantes compositores brasileiros da segunda metade do século XX.
Na manhã do sábado, dia 9, o violeiro, Fabrício Conde, um dos renomados incentivadores da cultura popular brasileira, inicia a programação do 35° Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga a partir das 10h, no Jardim Botânico da UFJF. Às 15h, o Coral Pró-Música promete encantar e envolver o público na Galeria do Museu Mariano Procópio com canções que marcaram a Era de Ouro do Rádio. Encerrando o dia, o Coral da UFJF homenageia Chico Buarque com uma apresentação que promete ser memorável, no Cine-Theatro Central, a partir das 20h.
“Construção”
Há 58 anos, o Coral da UFJF dá vida e som a um repertório que varia do popular ao erudito, do sacro ao folclórico, predominando, no entanto, o apreço e dedicação à Música Popular Brasileira. Na 35° edição do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, o grupo destaca a importância de Chico Buarque de Hollanda na música brasileira, que, para além de ser um artista renomado, traz uma perspectiva crítica e decolonial que contrasta com a visão tradicional e eurocêntrica atribuída à música colonial.
No oitavo dia da 35ª edição do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, o público poderá conferir três atrações: o Coral Vox Uomini, o Duo Vincens- Maciel e o concerto “Em minha voz existia um sonho”. O Coral Vox Uomini se apresenta na Galeria do Museu Mariano Procópio, às 17h. Em seguida, o Duo Vincens-Maciel, formado pelos violonistas Guilherme Vincens e Michel Maciel, realiza seu recital no Museu de Arte Murilo Mendes, às 18h. Encerrando a programação do dia, o concerto de flauta e piano “Em minha voz existia um sonho”, de Felipe Amorim e Alice Belém, acontece no Cine-Theatro Central, às 20h.
Do alto das montanhas
O grupo vocal masculino Vox Uomini, fundado em 2006, em Juiz de Fora, tem como objetivo promover e divulgar o canto alpino ou de montanha, tradicional do norte da Itália. Em um contexto amplo, a apresentação do coral proporciona uma imersão na cultura italiana, que exerceu significativa influência no desenvolvimento da música brasileira, tanto no período colonial, com suas raízes na ópera italiana, quanto em sua evolução. Essa influência se torna ainda mais evidente na formação de uma identidade característica, especialmente durante a grande imigração italiana para o Brasil, que foi fundamental na constituição da identidade nacional.
O repertório a ser apresentado pelo coral abrange os principais compositores do gênero, desde sua origem até os tempos atuais, incluindo Antônio Pedrotti, Teo Usuelli, Luigi Pigarelli, Gianni Malatesta, Bepi De Marzi, Arturo Benedetti Michelangeli e Marco Maiero. Destacam-se os clássicos tradicionais “Signore delle cime” e “Montanara”, além de “Bella Ciao”, uma canção popular italiana composta no final do século XIX, que se tornou um símbolo da Resistência italiana contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial e é amplamente conhecida em todo o mundo, tendo sido gravada por diversos artistas. Recentemente, “Bella Ciao” foi utilizada como tema musical na série da Netflix “La Casa de Papel” e ganhou uma versão funk de MC MM e DJ RD, intitulada “Só Quer Vrau / Bella Ciao Funk”, que divulgou ainda mais a canção tradicional em novos contextos.
O regente do grupo, Domício Procópio, é formado em Regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Além de dirigir o Vox Uomini, é diretor artístico das promoções da Associação Artística e Cultural Coro Municipal Juiz de Fora, e regente do Coro Municipal Juiz de Fora e do Coral OAB. Domício também atua como professor de técnicas vocais para a voz cantada em teatro, no curso de Produções Cênicas da Faculdade Machado Sobrinho.
“O contato com o canto alpino italiano é uma viagem aos tempos tradicionais de reuniões familiares, especialmente os almoços de domingo, que são uma tradição herdada dos italianos, marcadas por grandes refeições, e onde a família se reúne para compartilhar histórias e manter os laços familiares”, destaca o maestro.
O Cine-Theatro Central se abre mais uma vez ao Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, com o Recital de Violoncelo e Piano de André Micheletti e Lúcia Barrenechea. O repertório evoca gênios como o alemão Johannes Brahms e o francês Claude Debussy, além dos mestres brasileiros Henrique Oswald e Heitor Villa-Lobos, contemplando o cenário internacional e nacional. Com entrada franca, a apresentação está programada para o dia 7 de novembro, às 20 horas. Mas a largada na programação do dia será às 18h, com o jazz instrumental do Flora Brasilis, no Teatro Paschoal Carlos Magno, seguido pela celebração da cultura afro-brasileira, com o grupo coral Àkórin, nas escadarias do Central.
Os instrumentistas Micheletti e Lúcia, virtuoses em suas áreas, executam a Sonata em Mi menor Op. 38 (I. Allegro non tropo; II. Allegretto quase menuetto; III. Allegro) de Brahms, e a Sonata para violoncelo e piano (I. Prologue: Lent, sostenuto e molto risoluto; II. Sérénade: Modérément animé; III. Finale: Animé, léger et nerveux) de Debussy, seguidas da Elegia de Oswald e das Bachianas Brasileiras n. 2 (I. Prelúdio – O Canto do Capadócio; II. Ária – O Canto da Nossa Terra; III. Dança – Lembrança do Sertão; IV. O Trenzinho do Caipira) de Villa-Lobos.
Com atrações de peso, o 35° Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga ocupa, no dia 5 de novembro, dois dos principais espaços culturais da UFJF sob administração da Pró- reitoria de Cultura. O Museu de Arte Murilo Mendes sedia, no final da tarde, o concerto do compositor Guilherme Veroneze ao piano, e o Cine-Theatro Central apresenta, à noite, o recital “Eternamente”, liderado pelo cantor lírico e professor da UFRJ, Lenine Santos, interpretando importantes recortes da obra de Carlos Gomes.
Narrativa romântica
O recital temático no Central destaca uma seleção de composições que evocam o gênio Antônio Carlos Gomes. São obras escritas durante o Segundo Império no Brasil, explorando a crônica de costumes da época a partir da dramatização e da ressignificação de seus poemas. O enredo é conduzido por uma narrativa romântica que aborda tanto conflitos sociais quanto pessoais, situados na segunda metade do século XIX.
“Eternamente” é parte do projeto Ópera na UFRJ e tem o apoio do Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, e do Projeto Ópera, integrantes do programa Arte de Toda Gente. O recital conta com a participação de um elenco talentoso formado por Duda Espírito Santo, Dhuly Contente, Rodrigo Barcelos, Rafael Uchoa e Iago Cyrino. O acompanhamento ao piano fica a cargo de Renan Santos, que contribui para dar vida às interpretações das canções líricas.
Dando continuidade às atividades do 35o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, no dia 4 de novembro, a partir das 20h, o palco do Cine-Theatro Central recebe quatro apresentações de professores e estudantes do Departamento de Música da Universidade de São Paulo – Campus de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), com direção artística do professor André Luís Giovanini Micheletti e regência do maestro Lucas Galon: Duo Corvisier, grupo Fratres Cello Ensemble, recital de violão com obras de Johann Sebastian Bach com o professor Gustavo Silveira Costa, e recital de voz e alaúde com obras de John Dowland, com os estudantes Enrico Barbieri (alaúde) e Gabrielly Pinheiro (soprano).
O Duo Corvisier, formado pelos professores Fernando Crespo Corvisier e Fátima Graça Monteiro Corvisier, apresenta um recital de piano a quatro mãos, com obras de compositores brasileiros e argentinos. Já o grupo Fratres Cello Ensemble, formado pelos alunos da classe de violoncelo da FFCLRP-USP, sob orientação do professor André Luís Giovanini Micheletti, executa obras de compositores contemporâneos.
DuoCorvisier
Conhecidos por suas apresentações de música para piano a quatro mãos e dois pianos, Fátima e Fernando Corvisier já tocaram em diversos recitais, concertos e festivais, no Brasil e no exterior. Com um vasto repertório, abarcam peças dos mais variados estilos e períodos históricos, percorrendo adaptações e obras inéditas em estreias mundiais.
Ao longo de sua residência nos Estados Unidos (1992-2000), o Duo Corvisier participou de concertos como integrante do Greenbriar Consortium, grupo camerístico formado por músicos da Orquestra Sinfônica de Houston, no Texas, além de ter apresentado inúmeros recitais.
Sua trajetória é marcada por eventos especiais, como a participação na série de concertos da Fundação Rosa Ponselle em Meriden, Connecticut (EUA), além da palestra-recital realizada, em 2007, no Primeiro Encontro de Investigação em Performance, promovido pela Universidade de Aveiro, Portugal, momento em que apresentou, em primeira audição no país, as obras para piano a quatro mãos de Ronaldo Miranda. Também compõem a lista apresentações em universidades de Houston, Londres, Viena, Andaluzia, Évora e Aveiro, entre recitais, master classes e conferências.
O terceiro dia do 35° Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, 3 de novembro, reserva para o público quatro apresentações gratuitas e especiais. A manhã é marcada por uma apresentação ao ar livre do pianista e compositor Guilherme Veroneze, às 10h, no Parque da Lajinha, com canções de seu mais recente projeto, “Entremares”. Às 14h, acontece apresentação do Coral da UFJF no Independência Shopping, já às 16h, o grupo Flora Brasilis se apresenta na Praça CEU, em Benfica. Coroando a programação, a Orquestra USP Filarmônica, da Universidade de São Paulo, sob a batuta do maestro Lucas Galon, sobe ao palco do Cine-Theatro Central, às 20h.
Tradição e inovação
O concerto no Central será abrilhantado pela presença da USP Filarmônica, sob regência do maestro convidado Lucas Galon, com os solistas da classe de canto lírico (professora Yuka de Almeida Prado), professor André Luís Giovanini Micheletti (violoncelo) e Tomas Callas Mistrorigo (baixo convidado).
A USP Filarmônica, formada por estudantes bolsistas do Curso de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), é uma orquestra que se destaca pelo conjunto de tradição e inovação no repertório musical. Desde sua fundação em 2011, a orquestra tem se dedicado a explorar obras clássicas e contemporâneas, promovendo a música brasileira em suas diversas formas.
Tomas Callas Mistrorigo (USP)
Sob a direção artística de Rubens Russomanno Ricciardi (maestro principal) e José Gustavo Julião Camargo (maestro assistente), a orquestra busca constantemente novas perspectivas sonoras, realizando performances que refletem tanto a rica herança musical do Brasil quanto as tendências contemporâneas. Com um forte compromisso com a educação e a acessibilidade, todos os concertos são gratuitos e abertos ao público.
Com um histórico de apresentações regulares em Ribeirão Preto e São Carlos, a USP Filarmônica não apenas proporciona aos estudantes uma valiosa experiência prática, mas também enriquece a vida cultural da região. Sua missão de conectar o antigo ao novo, o local ao global, faz dela uma atração imperdível no cenário musical atual.
Evento acontece entre os dias 1° e 13 de novembro com uma programação diversificada em
pontos estratégicos da cidade
Divulgação
O Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga chega à sua 35ª edição, com abertura especial, a partir da primeira ópera encenada por Victor Cassemiro, que rege a Orquestra Acadêmica da UFJF, no palco do Cine-Theatro Central com “Uma noite no castelo”, obra composta pelo brasileiro Henrique Alves de Mesquita (1830-1906), com base no libreto do francês Paul de Kock (1794-1871). O espetáculo acontece no dia 1° de novembro, sexta-feira, às 20 horas, e conta também com instrumentistas da Orquestra Sinfônica da UFRJ e da Banda de Música do 10° Batalhão de Infantaria Leve de Montanha. A entrada é franca, como em toda a programação do evento.
“Uma noite no castelo” chega precedida de uma palestra do maestro Cassemiro sobre a gênese e a trama dessa montagem, às 19 horas. Ainda antes, no mesmo dia, às 18 horas, nas escadarias do Central, acontece uma Roda de Choro com o grupo Chora Efe, um coletivo local dedicado à prática e a aprendizagens dessa linguagem musical. Mesquita, o cultuado artista negro que se transformou em um dos principais nomes da ópera, inclusive no exterior, mostra, através de sua obra, a razão de ser o primeiro aluno do Conservatório de Música do Rio de Janeiro a completar seus estudos em Paris, onde teve altos e baixos até retornar ao Brasil e chega a cunhar o termo Tango Brasileiro com seu choro elaborado.
O Festival promovido pela Pró-reitoria de Cultura da UFJF inova ao apresentar uma programação diversificada, gratuita, contemplando diferentes espaços de cultura na cidade, ampliando e difundindo concertos e oficinas de forma ainda mais democrática e inclusiva. Assim, as apresentações se dão entre os dias 1° e 13 de novembro em locais como a Praça CEU, em Benfica; o Parque Halfeld, o Teatro Paschoal Carlos Magno e o Museu de arte Murilo Mendes, no Centro; o Museu Mariano Procópio e o Shopping Jardim Norte, no bairro Mariano Procópio, o Parque da Lajinha, no Teixeiras; e o Parque Municipal, na Nova Califórnia, além da Igreja do Rosário, no Granbery. As oficinas se passam no Centro Cultural Pró-Música, no Centro, e na Escola de Artes Pró-Música, no Alto dos Passos.
Comemorando 40 anos de uma carreira sólida e de sucesso, a dupla mais amada pelo público infantil, Patati e Patatá, retorna ao Cine-Theatro Central com a turnê “Sorrir e Brincar”. O espetáculo acontece no dia 27 de outubro, domingo, às 17h, e contará com a presença dos palhaços e seus dançarinos em um cenário criativo e colorido, prometendo uma viagem ao lúdico. Os ingressos já estão disponíveis em bilheteria digital e física.
Garantindo alegria para todos que comparecerem, o evento terá 70 minutos, abordando canções conhecidas da dupla como “Dança do Macaco”, “Lôro”, “Ronco do Vovô” e outras composições clássicas voltadas para o público infantil, como “Tindolelê”, “Piuí Abacaxi” e “Ursinho Pimpão”, entre outros sucessos.
“Como não poderia ser diferente, “Sorrir e Brincar” traz os ingredientes característicos de Patati Patatá: alegria, humor ingênuo e carinho com as crianças”, adianta Igor Faria, presidente da Rinaldi Produções. “Um espetáculo para toda a família. Com diversão garantida para a criançada!”
Em comemoração ao Dia Mundial da Ópera, a professora da UFJF, cantora e atriz Taís Víera, convida, nesta quinta-feira (24/10), o preparador vocal Gilberto Chaves, para um Master Concert que acontecerá às 19h, no Cine-Theatro Central. O evento será uma homenagem ao italiano Giacomo Puccini, que completa 100 anos de falecimento.
Até 25 de outubro, o Bacharelado de Canto da UFJF realizará uma série de eventos que culminará no concerto do professor de canto e fonoaudiólogo Gilberto Chaves, com o tenor interpretando um programa baseado nas obras do italiano Giácomo Puccini (1858/1924), célebre compositor de ópera responsável por obras primas como La bohème, Tosca, Madame Butterfly e Turandot.
Com 20 anos de experiência, Gilberto Chaves é considerado o maior especialista em voz profissional da atualidade. O vocal coach é responsável pelo preparo de cantores líricos, atores, além de diversificar sua atuação técnica acompanhando turnês de bandas nacionais, como Titãs, Natiruts, entre outras.
