Sinfônica da UFRJ faz o concerto de abertura do 30º Festival

Publicado em 08 de julho de 2019

Divulgação

Pela primeira vez em Juiz de Fora para uma apresentação pública, a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro faz a abertura do 30º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga no dia 21 de julho, às 20h, no Cine-Theatro Central. O tradicional grupo chega à cidade com a proposta de apresentar diferentes estilos do período final do barroco. Segundo o diretor artístico e maestro André Cardoso, trata-se de um programa que a Orquestra realizou com grande sucesso no início do ano na Sala Cecília Meireles.

De acordo com o maestro, o barroco francês é representado por Rameau com a Suíte da ópera Les Indes Galantes, em que, conforme o gosto da corte francesa, o balé era elemento fundamental. A suíte reúne a abertura e diferentes danças inseridas ao longo da ópera. O barroco alemão é representado pelo Concerto de Brandemburgo no.1, de Bach, obra que conjuga as formas suíte e concerto grosso, com constante diálogo entre cordas e sopros e oposição entre massas sonoras, entre solistas e o tutti orquestral. O mesmo se dá com a Suíte Música Aquática em Fá Maior, de Händel, uma obra, no entanto, mais eclética do ponto de vista estilístico, própria de um compositor que nasceu na Alemanha, viveu na Itália e se estabeleceu profissionalmente em Londres.

Na opinião do diretor artístico, realizar a abertura de uma edição tão especial do Festival, na celebração de 30 anos do evento, é muito significativo para a Sinfônica da UFRJ. “Um evento que consegue se manter por 30 anos ininterruptamente é um feito extraordinário”, afirma André Cardoso. “Isso mostra não só sua relevância enquanto evento específico na área da música antiga no Brasil, como também sua importância para a cidade de Juiz de Fora e a UFJF. O Festival não é importante somente pela programação artística, mas sobretudo pela parte formativa e pelos encontros de musicologia histórica [com realização bienal], onde a pesquisa em música nutre e atualiza o fazer musical.”

A apresentação do dia 21 ganha um caráter ainda mais especial quando se somam as trajetórias da própria Sinfônica, a mais antiga do Rio de Janeiro – com atuação também ininterrupta desde 1924 – e do Cine-Theatro Central, um pouco mais jovem que a orquestra, ainda celebrando os seus 90 anos em 2019. Não é a primeira vez que o grupo se apresenta no palco do Central, pois já esteve aqui em um evento fechado, mas é o primeiro concerto aberto ao público.

A oportunidade oferecida pelo Festival anima o diretor artístico da Sinfônica, que imagina futuras colaborações: “Esperamos que a parceria entre a UFJF e a UFRJ possa resultar em outras apresentações nossas na cidade, inclusive das produções de ópera. Seguimos para Juiz de Fora logo após uma temporada de sete récitas da ópera O Elixir do Amor, de Donizetti, sendo quatro no Rio de Janeiro e três em Niterói. Já levamos nossas produções para outras cidades do Estado do Rio de Janeiro, como Petrópolis e Campos. Juiz de Fora pode entrar no circuito, pois o  Cine-Teatro Central possui um fosso de orquestra. Quem sabe para 2020!”.

30º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga – Concerto de Abertura – Orquestra Sinfônica da UFRJ – Regência e violino: Felipe Prazeres

Divulgação

Dia 21, às 20h, no Cine-Theatro Central (Praça João Pessoa, s/n – Centro, Juiz de Fora, MG)

Entrada franca (Os convites serão distribuídos no Centro Cultural Pró-Música no dia da apresentação, das 8h às 18h. Máximo de quatro convites por pessoa)

* Todos os concertos noturnos serão precedidos de palestras ministradas pelo Prof. Rodolfo Valverde (UFJF), com início às 19h, nos mesmos locais das apresentações.

 

PROGRAMA

 

  • Jean-Philippe RAMEAU (1683-1764) –Suíte “Les Indes Galantes” (1735) 15’
  • Abertura
  • Entréedes quatre Nations dans la courd’Hébé (Gratieusement)
  • Air pour lês esclaves affricains (Lourdement)
  • Tambourins I e II
  • Air des Incas pour la dévotion du Soleil (Gravement)
  • Gavottes I e II
  • Ritournelle
  • Marche
  • Air vif (apêndice no1)

 

  • F. HÄNDEL (1685-1759) –“Música Aquática”–Suíte no1 em Fá maior HWV 348 (1717) 25’
  • Abertura (Largo / Allegro)
  • Adagio e staccato
  • Allegro/ Andante /Allegro da capo
  • Minuet
  • Air
  • Minuet
  • Bourrée
  • Hornpipe
  • Allegro
  • Alla Hornpipe (variante II)

 

  • S. BACH (1685-1750) – Concerto de Brandemburgo no1 em Fá Maior BWV1046 (1721) 20’
  • Allegro moderato
  • Adagio
  • Allegro
  • Menuetto / Trio / Polacca / Trio

 

Orquestra Sinfônica da UFRJ

Fundada em 1924, como Orquestra do Instituto Nacional de Música, é a mais antiga do Rio de Janeiro. Ao longo de sua trajetória de mais de 90 anos de atividades ininterruptas, atuaram como regentes alguns dos principais nomes da música brasileira, como Francisco Braga, Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, José Siqueira, Armando Belardi, Eleazar de Carvalho, Santigo Guerra, Mário Tavares e Henrique Morelenbaum. A partir de 1979, teve como titulares Raphael Baptista e Roberto Duarte. Desde 1998, tem como diretores artísticos e regentes titulares os maestros André Cardoso e Ernani Aguiar. É formada por músicos profissionais do quadro de técnicos da UFRJ e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da Escola de Música. Além de suas funções acadêmicas para a formação de novos instrumentistas, cantores, regentes e compositores, a orquestra se dedica à preservação da memória da música brasileira e ao repertório contemporâneo, já tendo realizado mais de uma centena de estreias de novas obras. Em 11 discos gravados, registrou a produção de grandes compositores nacionais. O CD com a gravação da primeira integral da ópera Colombo, de Carlos Gomes, recebeu o prêmio de Melhor CD pela Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Prêmio Sharp. Realiza uma temporada anual de cerca de 12 programas e uma ópera no Salão Leopoldo Miguez, assim como no Theatro Municipal, Cidade das Artes, Sala Cecília Meireles, Teatro Municipal de Niterói, Teatro D. Pedro de Petrópolis e Teatro Trianon de Campos, recebendo como convidados solistas e regentes brasileiros e estrangeiros.

Felipe Prazeres

Iniciou seus estudos de violino aos 11 anos. Graduou-se na UNIRIO, sob a orientação de Paulo Bosisio. Fez aperfeiçoamento na renomada Academia de Santa Cecilia, em Roma, na classe de Domenico Nordio. Atualmente, cursa o Mestrado Profissional da Escola de Música da UFRJ. Obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora, em 1997, e no Concurso Nacional de Música IBEU, em 1999. Atuou como solista com algumas das principais orquestras do Brasil, como a Petrobras Sinfônica, Sinfônica Brasileira, sinfônicas de Porto Alegra, Bahia e Espírito Santo e Sinfônica da UFRJ. Colaborou com renomados maestros, como Isaac Karabtchevsky, Armando Prazeres, Carlos Prazeres, Roberto Tibiriçá, André Cardoso, Silvio Barbato, Ernani Aguiar, dentre outros. Participou de masterclasses com Augustin Dumay, Camila Wicks, Pierre Amoyal, Domenico Nordio, Boris Belkin e Ole Bohn. Participa ativamente da vida musical brasileira como solista, camerista e regente. Desde 2001, atua como spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica, onde exerce também a função de regente da Academia Juvenil. Foi ainda maestro assistente de Isaac Karabtchevsky. Como regente, atua frequentemente com a Sinfônica da UFRJ, Petrobras Sinfônica e Sinfônica da Bahia. Dirigiu concerto com a World Youth Symphony na Itália. É um dos fundadores e o diretor artístico da orquestra Johann Sebastian Rio e um dos spallas da Sinfônica da UFRJ.

 Contínuo: Clara Albuquerque

Violino Piccolo: Marco Catto

Regência e violino: Felipe Prazeres

 

Orquestra Sinfônica da UFRJ

Direção artística: André Cardoso e Ernani Aguiar

 Violinos

André Bukowitz

Andréia Carizzi (spalla)

Angélica Alves

Felipe Prazeres (spalla)

Her Agapito

Inah Pena

Kelly Davis

Marco Catto (spalla)

Marília Aguiar

Ricardo Coimbra

Talita Vieira

Violas

Cecília Mendes

Francisco Pestana

Ivan Zandonade

Jessé Pereira

Rúbia Siqueira

Thaís Mendes

Violoncelos

Gretel Paganini

João Bustamante

Paulo Santoro

Marzia Miglietta

Ricardo Santoro

Mateus Ceccato

Contrabaixos

Rodrigo Favaro

Tarcísio Silva

Voila Marques

 Flauta

Gabriel Carvalho

Oboés

Juliana Bravim

Leandro Finotti

Pierre Descaves

 Clarinetas

Gabriel Peter

Igor Carvalho

Márcio Costa

 Fagotes

Mauro Ávila

Paulo Andrade

 Trompas

Gilieder Veríssimo

Mateus Lisboa

Sérgio Motta

Tiago Carneiro

 Trombone

Everson Moraes

 Tímpanos

Pedro Moita

Cravo

Clara Albuquerque

Outras informações:

Centro Cultural Pró-Música/UFJF – (32) 3218-0336

http://promusicaufjf.com.br/30festival/

Adicionar a favoritos link permanente.